sexta-feira, 12 de setembro de 2008

5ª Tarefa: A GENTE NÃO ESTÁ SOZINHO

Vamos aos recursos....
como a situação que coloquei já está acontecendo, vou contar um pouco como tudo começou.

Esta organização é uma organização que estou envolvida desde meus 16 anos, fui voluntária, conselheira, doadora, amiga, prestadora de serviço... enfim ela corre no meu sangue!
Além de acreditar no trabalho, pois vi e vivenciei seus resultados, gosto muito, demais das pessoas que dela fazem parte; tanto os funcionários quando dos jovens!

Durante um período da minha vida (2006/2007), tinha me afastado um pouco, acompanhava os trabalhos de longe e de forma muito superficial.

Bom, ai em maio deste ano, quando abri espaço na minha vida para coisas que são importantes para mim e que estava deixando de lado, este projeto chegou vibrando de novo!

Fui visitá-los várias vezes e comecei a ver que algo não estava como era antes, aquela grande harmonia que existia estava se perdendo, as pessoas não estavam mais brilhando e vibrando, estavam cansadas e infelizes. A coisa foi rolando, fui conversando com elas e comecei a fazer este desenho do cenário (descrito na tarefa 4) e pensando como poderia contribuir.

Com quem poderia contar?

Bom, primeiro foram conversas e conversas com a equipe gerencial da organização, que foram colocando suas questões e o cenário foi se desenhando. Depois de fazer um pacto de “vamos lá, vamos transformar isso para o nosso desenvolvimento” com esta equipe (que já estava com a energia baixa), fui buscar ajuda técnica.

Quando ainda estava na Thymus, me encontrei uma vez com uma pessoa que gostei muito, gostei do seu trabalho, da sua forma de colocar as idéias e da sua integridade nos questionamentos. No momento que percebi o desafio dentro desta organização pensei na Olga e nas suas habilidades. Foi então, que para me ajudar a provocar esta mudança de olhar e quebra de paradigma dentro da organização, fui conversar com ela. Pq a Olga? Por que ela possui técnicas para facilitar processos e principalmente para contribuir para a educação de um novo olhar. Além disso, é uma pessoas que queria trabalhar com uma organização social e não tinha vínculo emocional com esta organização especificamente.

Bom, depois de fazer o pacto com a equipe, buscar equipe técnica, fui falar com a presidência.
Minha idéia era sensibilizar a presidência da organização de que temos este cenário. Imaginem o que não foi difícil trabalhar tudo isso com alguém que está a frente de uma organização que surgiu como um clube de mães há 40 anos atrás. Foram alguns bons almoços e cafezinhos. Em julho este “novo estilo” de organização fez sentido para ela. Foi então que conseguimos dar um enorme passo, pois seus olhos se abriram para algumas questões que estavam sendo deixadas de lado quando percebia-se só a ponta do iceberg, as conseqüências e não a causa raiz desta “crise” toda.

Portanto, num primeiro momento tínhamos como recursos um grupo de pessoas com vontades, sonhos e com vontade de caminhar alinhados. Eu tinha o meu tempo, meus conhecimentos e acho que neste caso o recurso mais valioso foi a confiança da equipe e da presidência no meu trabalho e idéias.

Bom, a partir daqui a coisa foi ficando enorme. No início fiz algumas reuniões com a equipe para equacionar questões mais urgentes, chegou um momento que vimos que a necessidade era maior. Ai eu vim com esta minha mania de propósito comum/ Essência e surgiu a idéia de fazermos uma reunião com as lideranças da organização para fechar esta Essência. Como cada um tinha o seu sonho isolado, não existia sobre a mesa a resposta para Quem é esta organização para todos nós? Qual o nosso propósito, motivo de existência? E não só o meu propósito.
Quando chegamos neste ponto de reflexão, o legal foi que a proposta continuou fazendo sentido para todo o grupo! Mesmo falando de questões mais intangíveis!

A coisa foi rolando e chegou uma hora que foi solicitado levarmos uma proposta de trabalho para o presidente do conselho! Eu li isto como a necessidade de institucionalizar este trabalho.

Eu fiquei imensamente feliz, pois lá em maio quando cheguei na organização e vi aquela situação, fiquei pensando comigo mesmo... TENHO QUE FAZER ALGUMA COISA!
E então comecei a mexer meus pauzinhos e as coisas foram se configurando e dando certo! Confesso que em vários momentos pensei em desistir, mas algo dentro de mim continua brilhando e dizendo vai em frente que vamos conseguir construir coisas boas para todas as pessoas e para esta comunidade!

Hoje, depois de fazermos reuniões com o presidente do conselho conseguimos aprovar uma proposta de trabalho mesmo, ai a partir daqui não foi mais um trabalho voluntário meu, e sim um trabalho profissional (não que o voluntário não seja profissional, mas no sentido de remunerado). Hoje estamos fechando a parte da Essência, temos um workshop previsto para o dia 22/9 e depois conseguimos também mostrar para a liderança desta organização que será preciso desenvolvermos processos que sejam condizentes com esta Essência e permitam a organização ser gerenciada de forma adequada e eficiente e principalmente valorizando as pessoas e seus potenciais/talentos!

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